Os resultados negativos foram
capitaneados pela importação de 28 mil toneladas de itens editoriais, como
livros e revistas. É o sétimo ano consecutivo de saldo comercial deficitário e
o setor gráfico luta pela adoção de margem de preferência nas compras públicas
de livros, além de alíquota zero de PIS e Cofins sobre esses produtos.
Em 2013, o Brasil exportou US$
279,1 milhões e importou US$ 548,6 milhões em produtos gráficos,
correspondentes a 88,4 mil e 101,5 mil toneladas de produtos, respectivamente.
A performance corresponde a 0,12% das exportações brasileiras e a 0,23% das importações
do País no período. “Pelo sétimo ano consecutivo, tivemos déficit, com saldo
negativo de US$ 269,5 milhões”, informa Fabio Arruda Mortara, presidente
nacional da Associação Brasileira da Indústria Gráfica (Abigraf). Ele lembra
que o tema seguirá tendo lugar de destaque entre os pleitos da entidade em 2014
e afirma: “Prosseguimos com as gestões relativas à redução das importações de
produtos e serviços gráficos, em especial aquelas feitas de países que não se
pautam por normas econômicas civilizadas”. Duas bandeiras com esse objetivo são
a adoção de margem de preferência nas compras públicas de livros e de alíquota
zero de PIS e Cofins na impressão de livros e periódicos. A verdade é que, uma
vez que os livros importados ingressam no País livres desse ônus, é quase uma
questão de isonomia tributária.
Principais exportações
Embalagens foi o segmento que
mais exportou no período, com 38,7% das receitas de vendas externas de produtos
gráficos, correspondentes a US$ 108,1 milhões e 66,9 mil toneladas. Venezuela
(23%), Uruguai (19%) e Argentina (8%) foram os principais mercados. O segundo
maior exportador foi o segmento de cartões impressos, com 34% do total,
equivalentes a US$ 95,9 milhões e 813 toneladas. Argentina (25%), Chile (19%) e
Equador (11%) constituíram os principais destinos dos cartões impressos
brasileiros. Com 11% do total exportado, o segmento de Cadernos ocupa o
terceiro lugar do ranking. Suas vendas externas somaram US$ 30,7 milhões e 17,1
mil toneladas – entre os compradores, destaque para Estados Unidos (70%), Porto
Rico (5%), Paraguai e República Dominicana (com 4% cada).
Maiores importações
No outro prato da balança, as
importações de produtos gráficos concentraram-se em itens editoriais (como
livros e revistas), equivalentes a 34% do total. As compras nesse nicho
corresponderam a US$ 185,9 milhões e 28 mil toneladas. China (28%), Hong Kong e
Estados Unidos (com 15% cada) foram os principais beneficiados pelas
importações brasileiras de produtos editoriais. Também nesse caso o segmento de
cartões ocupa a segunda posição, com 25% do total, correspondentes a US$ 107,7
milhões e 955 toneladas. As principais origens dessas importações foram Suíça
(39%), Estados Unidos (26%) e França (9%). Embalagens formaram o terceiro
grande bloco de produtos gráficos importados em 2013, com 20% do total. As
transações no período atingiram US$ 136,5 milhões e 58,5 mil toneladas. Os
principais fornecedores internacionais foram China (34%), Alemanha (13%) e
Espanha (10%).
Fonte: www.fiec.org.br
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